Eu acompanhei de perto o crescimento do SUP no Brasil, para quem não sabe o que é a sigla STAND UP PADDLE.
Fiz parte do processo de desenvolvimento juntamente com outros e muitos profissionais no Brasil durante longos anos.
Poxa Marcelo você não vai falar do crescimento da canoa? Sim, mas antes disso preciso falar sobre esse efeito gigante que aconteceu pelo Brasil e que colocou muita gente na água pela facilidade da prática, ser divertida, desafiadora, versátil entre outras coisa como um belo treinamento e um excelente caminho para ganhar força, resistência e equilíbrio.
No fim de 2014/15 teve uma queda brutal dessa prática pelo país por diversos motivos e paralelo a isso começou uma migração para canoa lenta mas constante, e isso não teve mais fim.
Os remadores encontraram uma outra maneira de remar só que dessa vez em grupo dentro de uma canoa, o que é muito diferente do SUP que é individual, mesmo remando em grupos.
Lembro das competições de travessias as mais famosas com largadas com 15 equipes, e ano após ano foi aumentando 23, 30, 35 e 40 equipes, foi tudo de repente e rápido.
Antes, falo 2012 em diante nos juntávamos remadores para formar equipes e sempre unindo forças com outras bases e cidades diferentes.
De 2018 pra frente na minha opinião tudo mudou, os clubes começaram a se organizar mais com suas proprias equipes, melhorando as condições de treinamento, os campeonatos tentando evoluir junto, as federações também, e já tínhamos criado nossa própria Confederação Brasileira de VAA, que teve sua transição em 2016 seguindo nessa caminhada passo a passo.
A partir desse 2018 muita gente entrando para esse esporte em vários estados do Brasil e novas federações surgindo sempre na tentativa de organizar cada vez mais o esporte.
Os clubes começaram a brotar todo mês em várias regiões, e claro que sempre há uma preocupação por parte dos remadores mais antigos com segurança, responsabilidade e assim vai.
De repente ! Buuum PANDEMIA e tudo fechado.
Vivemos essa loucura e no retorno disso triplicou em vários estados o número de remadores, e em todo canto do Brasil pessoas que nunca imaginaram fazer um esporte ao ar livre foi empurrado pela pandemia pra água ou melhor pro mar, rio ou lago.
E o que eles encontraram ? Uma canoa que você tem que remar em grupo, se divertir, curtir a natureza e fazer amigos! Combinação perfeita para o momento difícil que passamos, e aí em diante tivemos record de inscritos no estadual RJ com 1000 atletas em uma competição no ano de 2021.
Hoje o Rio de Janeiro explodiu, a cidade do Rio conta com muitas bases de canoa, Niteroi hoje na minha opinião é de longe a capital nacional do canoa havaiana com mais de 38 bases em duas praias São Franscisco e Charitas que tem uma baia tranquila sempre para as remadas diárias, fora os clubes da região oceânica. E também conta com o apoio da prefeitura e uma associação a ANVAA.
O Norte do estado do Rio foi outro lugar onde mais cresceu absurdamente, Cabo Frio, Búzios, Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Macaé, Rio das Ostras explodiu e a região dos lagos tem hoje canoas todos os dias saindo para sua remada matinal motivando os moradores para prática de exercício físico na natureza.
O estado do Espirito Santo não foi diferente, Vila Vilha na praia da Sereia em 2021 quando passei por lá dando Clínicas tinham 3 bases, hoje são 18 clubes, os donos de base também estão se organizando com a associação de vaa de vila Vilha para somar forças com a Federação de Canoa havaiana do estado do Espirito Santo. O sul do estado que tinha uma única base, o PIÚMA VAA do Icaro, hoje tem Clubes de Canoa em quase todas as praias commais de 8 clubes.
Vitoria outro grande centro hoje vive um mar de canoas na água e em terra. Canoas espalhadas por toda a orla desde da curva da jurema ate final da praia de camburi, desde oc6 ou individuais é lindo de ver a quantidade espalhada pela orla linda de Vitória.
A FEVAAES vem mudando o cenário do VAA organizando e modernizando o estado com sua gestão que tem a frente o atual presidente da CBVAA Jeferson Cabral.
Os campeonatos que tinham 180 inscritos poucos anos antes, hoje somam mais 530 em uma única etapa.
Outro ponto importante do crescimento é a expansão para norte do Brasil, minha ida para Belem fiquei impressionado com a quantidade de clubes e remadores por lá, sem falar de remadores de outras modalidades que usam o Rio Guamá e todas suas potencialidades como correnteza assombrosa e a maravilhosa ilha do Cumbú logo ali na frente da cidade com seus furos que são as entradas de água para dentro da ilha e seus guarapés.
Como estão longe do eixo Sudeste onde pulsa muito tempo 22 anos extamente a pratica da canoa, existia somente um evento de canoa organizado por um clube da região Canoa Paidégua. Nesse ano foi lindo de ver cada Clube organizou um evento trazendo assim mais experiências para todos os remadores da região com eventos com caracteristicas diferentes é incrível quando juntamos força para o crescimento do esporte.
Ainda falando do norte o estado do Ceará não poderia ficar de fora com um dos melhores eventos de DOWNWIND do Brasil atraindo cada vez mais remadores de fora do PAÍS.
Fortaleza cresceu com clubes e também sua federação FEVA'ACE que soma muito para esse crescimento organizado da cano ano norte do Brasil.
Maceió com sua orla mais linda do nordeste também conta com canoas e SUP, toda região tem potencial gigante pela sua geografia e incentivo levando para lá em 2024 um grande evento o Aloha Spirit Festival.
Agora descendo para sul do Brasil Florianópolis que no ínicio da canoa no Brasil teve e tem, papel fundamental para desenvolvimento da canoa, com nada menos que Alexey Bevilacqua peça chave para esse crescimento no inicio da canoa no Brasil, hoje em dia Floripa tem muitos clubes e bases espalhados por toda ilha da magia, e não só na ilha Garopaba, Ibiraquera também tem canoa polinésia com pessoas e remadores desenvolvendo um trabalho sério e focado no potencial da região.
Itajai, Balneário Camburiú e Porto Belo crescem nesses dois útimos anos e o clube mais antigo da região o PA'AHANA PADDLE CLUB do Luciano Fachin criador da V3 que hoje tem a produção da MIRAGE idealizou um evento que começou pequeno masi já se tornpu referência no sul do país.
Luciano junto com Sandrinha e seus parcerios criaram um evento que se chama VOLTA ILHA DE PORTO BELO, um evento diferente de todos os outros, trazendo uma ideia de festival integração com dança, palestras, um formato que permite cada remador participar de varias baterias. O evento começou compouco masi de 10 remadores e hoje bateu record com masi 435 remadores mostrando o tamanho que o sul do Brasil tomou e sua importância para o crescimento do esporte.
acho que deu pra entender um pouquinho nessa minha jornada pelo Brasil com clinicas e trenamento passando por masi de 100 clubes e mais de 100 remadores que vivenciaram a clinica consegui fazer uma analise do crescimento hoje desse esporte que tanto amamos a CANOA POLINÉSIA.
FORTE ABRAÇO
MARCELO DIAS
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